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Nélida Piñon recebe homenagem “transatlântica”

 

A Academia Brasileira de Letras (ABL) e a Associaçom Galega da Língua (AGAL) farão uma homenagem à escritora Nélida Piñon, unindo durante dois dias a terra de origem e a de adoção da família da autora de “A República dos Sonhos”, um romance no qual o vínculo entre a Galiza e o Brasil se faz precisamente através da emigração.

Cerca de 300 pessoas farão leitura de trechos do romance. Os primeiros capítulos vão ser lidos no Rio, num evento que começará às 9h30 do dia 3 no Salão Nobre do Petit Trianon, sede da ABL.

 A homenagem continuará em Santiago de Compostela num evento que começará às 16h30 locais (11h30 no Rio) do mesmo dia, pois o primeiro leitor galego, Lino Piñon, primo da escritora, continuará a leitura onde será deixada pelo poeta Domício Proença Filho (último a ler no Rio). No dia seguinte, 4 de maio, a leitura terminará em Santiago de Compostela aproximadamente às 22h (17h no Rio). Todo o evento poderá ser acompanhado presencialmente em cada cidade ou em streaming via Youtube ou Facebook.

No Rio, estarão presentes os acadêmicos Merval Pereira (presidente da ABL), que fará a primeira leitura. Antônio Torres (secretário da ABL), Heloísa Teixeira (sucessora de Nélida Piñon na trigésima cadeira da ABL), Ricardo Cavaliere, Godofredo de Oliveira Neto,  Joaquim Falcão, Arnaldo Niskier, Arno Wehling e Domicio Proença Filho, além do  advogados Roberto Halbouti, da atriz Beth Goulart, da professora Thayane Gaspar (do programa de Estudos Galegos da UERJ),  e de Gabriel Chalita, entre mais uma dezena de leitores relacionados, de uma maneira ou outra, com a cultura brasileira.

A homenagem vai começar no aniversário do nascimento de Nélida Piñon, e terminará às vésperas do dia da Língua Portuguesa.

O organizador da homenagem, junto com a ABL é Eduardo Maragoto, ex-presidente da Associação Galega da Língua (AGAL), para quem Nélida é, além da ponte literária entre a Galiza e o Brasil, uma ponte social e cultural. “De alguma forma, ela nos faz participar na construção da história do Brasil e isso é muito importante para um povo que tem a sua própria história abafada pelas  “lendas” doutro, como diria a própria Nélida. Para nós, o galego faz parte do universo da língua portuguesa. Há uma continuidade que faz com que possamos considerar Nélida uma autora brasileira inteiramente nossa, galega, também. A leitura de A República dos Sonhos será feita em português, com seus diferentes sotaques, também na Galiza. Mais uma fronteira que derrubamos graças a Nélida.”

01/05/2024