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Acadêmico Domício Proença Filho, Presidente da ABL, lança, na Flinksampa, o livro de poemas 'Dionísio esfacelado (Quilombo dos Palmares)'

 

O Acadêmico, professor, crítico literário e poeta Domício Proença Filho, Presidente da ABL, lançou, pela Autêntica Editora, o livro de poemas Dionísio esfacelado (Quilombo dos Palmares), durante a 5ª Festa do Conhecimento, Literatura e Cultura Negra, este ano intitulada “Eu quero liberdade”, aberta ao público de 16 a 18 de novembro.

Dionísio esfacelado: poemas que dizem da saga quilombola, mas não se restringem ao passado; projetam-se para além, numa visão crítica da condição da etnia no processo histórico brasileiro. Um resgate poético da presença e da significação do negro na formação do Brasil. Ao fundo, o bem maior do ser humano, sempre: a Liberdade”, afirmam os editores na orelha do livro.

A quarta capa é assinada pelo filósofo e escritor Benedito Nunes (1929-2011), quando da primeira publicação, em 1984: “O que assegura a ligação dos fragmentos que compõem essa suíte lírica – na qual a negritude ascendo ao plano conflitivo da história – é o permanente retorno de Palmares, como objeto de experiência individual e social, repensada e retomada pela memória. [...] Em Dionísio esfacelado, quilombo e quilombolas ingressam na vertente comemorativa do pensamento que recorda, da recordação que colige e recompõe as partes dispersas de uma origem remanente. Mais não será preciso dizer sobre a originalidade poética desta obra”.

 

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O AUTOR

Domício Proença Filho, nascido no Rio de Janeiro, quinto ocupante da Cadeira 28 da ABL, eleito em 23 de março de 2006, é renomado professor universitário de literatura brasileira e de língua portuguesa, ficcionista, crítico literário, roteirista e promotor cultural.  É Doutor em Letras e Professor Emérito da Universidade Federal Fluminense. Foi Professor Titular Convidado (Gastprofessor) da Universidade de Colônia  e do Institut für Romanische Philologie der Rheinisch Westf. Technischen Hocheschule Aachen. Proferiu conferências em universidades de Munique, Tübingen, Paris, Clermont Ferrand, Roma, Bolonha, Pádua, Madrid, Salamanca, Belgrado, Novi Saád, Lisboa, Coimbra, Porto, Minnesota.

É autor de mais de sessenta livros publicados e de dezenas de ensaios em periódicos brasileiros e estrangeiros, entre eles Estilos de época na literatura, 20ª edição, em 2012, A linguagem literária, 8ª edição, 2007, Capitu-memórias póstumas, romance, 3ª edição, 2005. São também de sua autoria os verbetes e monografias das áreas de Teoria Literária e de Literatura Brasileira da Enciclopédia Século XX, lançada em 1971, da qual foi diretor de texto, e de cinco capítulos da História da Literatura Brasileira, Lisboa, 1999, dirigida por Sílvio Castro. Idealizou, entre centenas de projetos culturais, a Bienal Nestlé de Literatura Brasileira.

Nos espaços do poema, publicou O cerco agreste, em 1979, uma proposta poética fundada em reflexões existenciais. De 1984, é Dionísio esfacelado (Quilombo dos Palmares), um recuperar poético da presença do negro na formação do Brasil, centrado na saga da luta pela liberdade. Liberdade é também a tônica que perpassa o Oratório dos Inconfidentes – faces do verbo, com duas edições em 1989, nuclearizado na Conjuração Mineira, episódio da história do Brasil, ilustrado com esboços de Portinari integrados a poemas, prosa poética, textos históricos. Os dois últimos e também o seu romance têm sido objeto de teses universitárias e vários de seus textos integram antologias publicadas no Brasil e no exterior. A prosa poética está presente no premiado Breves estórias de Vera Cruz das Almas, 1991. O risco do jogo, recém-lançado, retoma, ampliadas, as perquirições existenciais e o acurado trabalho na linguagem.

A crítica especializada destaca na sua poesia a dramatização lírico-épica da História, o empenho político e social, a alta capacidade de construção do texto, o acurado apuro da linguagem, a alta qualidade literária.

09/11/2017